terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Estrela cadente (Bruno Galera)

Nem todas as relações são para sempre, quaisquer que sejam elas, muitas começam, brilham, marcam nossas vidas e desaparecem, apagam-se; assim são as estrelas, cadentes ou não, seu brilho não é eterno; mas, quando acaba, outras estrelas estão lá para brilhar, para encantar a noite e assim vivemos, amamos, aprendemos e, um dia, apagamos para que novas estrelas brilhem no nosso lugar. As relações eternas são aquelas que por mais que a estrela não seja a mesma, o brilho permanecerá. Eis aqui minha mais nova composição:


Quando vi aquela estrela
Todo céu se ofuscou
Envolveu-me com encanto
E o menino no poeta
[transformou
Verso em canto
Sinestesias, rimas, beijo e dor

E, à noite, a estrela se apagou
Veja bem, foi só uma nuvem que passou
Mas, descobri algo um tanto diferente
Há outras estrelas que iluminam
o mesmo céu na minha frente

Aquela estrela que ainda brilha
é menina e sempre será
Acontece que descobri outras estrelas
e quantos segredos podem guardar?
Quantos mistérios encondidos no instante de um olhar?

Revelar-se-ão novos caminhos
e novas estrelas para guiá-los
Eu, ainda que sozinho, sei que amar
é como a luz que ilumina essa estrada:
Provém de tantas estrelas quanto
meus olhos não são capazes de contar.

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