(Carlos Drummond de Andrade)
Abra a porta.
Vê janela.
Sai pra ter o mundo,
vem ouvir raiar o dia
e eu vou lhe mostrar
que quanto mais a gente teima,
menos sopra ventania
e a vida não espera;
já é tempo de voar.
O teu quarto que era escuro,
hoje não é mais;
tua mente se liberta
em Sol, dós e lás;
ré-mi no mar
[da esperança,
fá-si valer a pena,
e lembrar que é preciso
prantos para navegar.
Abra a porta.
Vê janela.
Sai pra ter o mundo;
vem provar do mel
e o dia pinte azul-grená,
misture ao amarelo-ouro,
o verde das florestas.
Dize ao branco das estrelas
que é tempo de brilhar.
Clara manhã
como és bem-vida!
O amanhã, quem sabe?
O que o futuro nos reserva
[só ele que dirá;
e se houver qualquer silêncio,
põe alguma melodia.
Cante, brilhe e sorria
que sempre é tempo para amar.
E a alvorada traz primeira
luz que reflete em teu olhar.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Alvorada (Bruno Galera)
"Clara manhã, obrigado. O essencial é viver!"
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