Nota de um Diário de Bordo encontrado em uma antiga embarcação: "Para Minhocamila (Amiga da Terra), minha eterna dupla, amiga e companheira de várias aventuras; eu, Galera Caravela (Amigo da Navegação), dedico os versos dessa cantiga com a esperança de que a terra e o mar sempre se encontrem no abraço de uma onda, no aconchego de uma praia, nas mudanças da maré e na segurança de um porto onde todo navegante deseja, simplesmente, reencontrar quem tanto ama e, ali mesmo, repousar." (G.C.)
“Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?”
(Caetano Veloso)
Vem cá, menina, vem
que agora eu vou
[te mostrar
quanta beleza que existe,
[morena,
quando a terra deságua
[sobre o mar.
Como uma onda
[que beija
a praia e com ela
[quer se enlaçar
Eu faço de um sopro
uma brisa que leve
[a cantiga onde quer
[que eu navegar...
Ah, quanto eu naveguei
e desejei ter asas pra voar
mas, só nos teus braços,
[menina,
é em terra firme
que eu quero me
[deixar.
Vem cá, morena, vem
que agora eu vou
[te en-cantar
há tantas estrelas,
[menina,
que refletem nas águas
[o teu olhar.
Como quem pudesse
[as conchas
na praia uma a uma
[contar
Eu conto os contos
[cantando a cantiga
qual uma concha assovia
[o som do mar...
Ah, quanto qu’eu amei
me lancei e nessa dança
[eu sou teu par
E por mais distante
que eu esteja,
eu te encontro há tempo
[de caetanear.
Vem cá-mila, vem
que agora eu vou
[te mostrar
quanta beleza que existe,
e a vida é um porto onde
[eu sonho te encontrar.